Nasce um sorriso (parte 2)

 

Cuidados com os dentinhos dos bebês

devem começar ainda na barriga da mãe

 

Durante a gravidez, na oitava semana, tem início a formação dos dentes do bebê. Por isso, é fundamental uma alimentação saudável e equilibrada! A mãe deve manter uma dieta variada e rica em cálcio (leite e ovos), evitar alimentos industrializados e dar preferência aos açúcares naturais (frutas). É importante evitar os excessos e não “comer para dois”.

            Por volta do quarto mês de gestação inicia-se o processo de calcificação dos dentes de leite e o desenvolvimento do paladar do bebê. A mãe deve intensificar a higienização da própria boca, pois costuma reduzir os intervalos entre as refeições. A visita periódica ao dentista é imprescindível! Afinal, as bactérias da cárie podem ser transmitidas de mãe para filho.

            Após o parto, até os seis meses, é essencial amamentar apenas no peito. Como o bebê nasce com a mandíbula retraída, aproximadamente de 5 a 6 milímetros, sugar o seio faz o queixo avançar. A amamentação previne a síndrome do respirador bucal. Além disso, o bebê deve respirar pelo nariz para evitar a má oclusão e o ressecamento das gengivas. A boca do bebê deve ser limpa desde os dois meses de vida, com uma gaze umedecida em água fervida ou filtrada, ao menos uma vez por dia. Quando os dentes começam a crescer, aos seis meses, os mordedores de borracha, plástico e água aliviam a dor. Se necessário, pode-se oferecer o bico (chupeta) ao bebê, tentando associá-lo ao sono. Ao final da chamada fase oral, aos dois anos de vida, o bico deve ser retirado.

            A partir do sexto mês é hora de iniciar o desmame, retirando a amamentação noturna. O bebê experimenta alimentos pastosos e aprende a mastigar até os nove meses. O ideal é passar do seio direto para os copos modificados, adaptados para os bebês. A mamadeira deve ser evitada a todo custo, devido aos problemas de má oclusão que seu uso pode causar. Aos seis meses, o bebê deve ir pela primeira vez ao dentista. Com o aparecimento dos dentes, deve-se usar uma escova dental macia e pasta de dente sem flúor. Como a criança não cospe a pasta, há risco de fluorose, que provoca manchas brancas ou amareladas nos dentes permanentes, já em processo de formação.

            Na idade de um a três anos a alimentação deve ser rica em cálcio e com pouco açúcar. A criança deve ter a mastigação estimulada para favorecer o crescimento das arcadas dentárias. É recomendada a visita trimestral ao dentista.

            Até os sete anos os pais são responsáveis pela escovação dos dentes da criança. A partir dessa fase, poderão apenas supervisionar a “faxina”. É preciso destacar que a criança nessa faixa etária ainda não tem controle motor adequado e capacidade técnica suficiente para usar o fio dental sozinha. Sendo assim, cabe aos pais ou responsáveis a obrigação de passar o fio dental nos dentes da criança, pelo menos uma vez ao dia, de forma caprichada e criteriosa. À noite, a limpeza dos dentes deve ser mais cuidadosa! Os pais devem levar seus filhos para consulta ao dentista de seis em seis meses, impreterivelmente. Essa fase da dentição mista, em que ocorrem as trocas dos dentes (caem os dentes de leite e nascem os permanentes), merece total atenção!          

(Artigo publicado no Jornal de Guidoval - Ano 5 - Nº 26 - 25/05/2007)