Cigarro: apague esse vício
O cigarro mata 200 mil
pessoas por ano
O tabagismo está associado a
nove tipos de tumor: de pulmão, boca, laringe, faringe, pâncreas, bexiga, rins,
colo do útero e esôfago. Danifica as artérias, provocando várias doenças
cardiovasculares, especialmente infarto e derrame cerebral. Prejudica a
oxigenação da pele, que fica seca, fina e flácida, favorecendo o surgimento de
manchas e olheiras. Antecipa o aparecimento de rugas e o envelhecimento
precoce. Afeta o raciocínio, a memória, a capacidade de resolver os problemas e
acelera o envelhecimento de peças-chave do DNA. Compromete o fluxo de sangue
para os ovários, altera a produção de estrogênio e pode antecipar a menopausa.
As toxinas do fumo dobram os riscos de ter diabetes.
Na área odontológica vários
efeitos adversos, tais como mau hálito, dentes amarelados, gengiva escura,
manchada e boca roxa, são freqüentemente observados em fumantes. Há uma relação
bem documentada entre o tabagismo e a doença periodontal. Inúmeros estudos
indicaram perda óssea elevada associada ao fumo. O cigarro é prejudicial à
cicatrização e, conseqüentemente, pode influenciar o resultado clínico de terapias
cirúrgicas e não-cirúrgicas, assim como limitar o sucesso da colocação de
implantes. Fumantes podem apresentar doença periodontal em uma idade precoce,
podem ser difíceis de tratar com terapia convencional e poderão continuar a ter
periodontite recorrente ou progressiva, resultando em perda dentária.
O uso de tabaco para
mastigar tem sido associado com câncer bucal. Também foram registrados casos de
gengivite e resseção gengival na área onde é colocado o tabaco. Pouca
informação está disponível quanto aos efeitos do charuto e do cachimbo sobre o
periodonto, mas parece que os malefícios são similares aos do uso do cigarro.
O mais interessante é que se
a pessoa ficar SEM FUMAR POR:
- 20 MINUTOS: a pulsação
volta ao normal
- 2 HORAS: o sangue não tem
mais nicotina
- 2 DIAS: o olfato e o
paladar já se mostram mais apurados
- 3 SEMANAS: a respiração e
a circulação melhoram
- 1 ANO: cai em 50% a
probabilidade de uma doença coronariana
- 5 ANOS: o risco de infarto
é o mesmo de quem nunca fumou
A guerra contra o vício tem
como principal estratégia a mudança de comportamento e a reorganização da vida.
Os melhores resultados são obtidos em ações multidisciplinares, que envolvem
áreas de medicina, psicologia e nutrição. Diversos métodos podem ser adotados: medicamentos
que inibem a compulsão por nicotina, associados ou não a adesivos da
substância, homeopatia, hipnose, acupuntura e muitos outros. E então, que tal
apagar o cigarro? A missão pode não ser fácil, mas está longe de ser
impossível!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4
- Nº 21 - 15/10/2006)