Sorrir faz bem
De perto, nenhum sorriso é
igual. Belos dentes podem deixá-lo mais bonito e mais atraente. A questão,
porém, é sutil, delicada. Vai além da estética super valorizada atualmente.
Ligeiro ou demorado, o
sorriso expressa diferentes emoções. Reparando bem, dá para distinguir um
sorriso acolhedor de outro mais tímido, crítico ou daqueles dados apenas para
cumprir o protocolo. E até se a pessoa ri para você ou de você.
O sorriso sempre vem
acompanhado de outros gestos, expressões e tem um lado fortemente cultural. O
povo brasileiro, por exemplo, usa muito a mímica facial para se comunicar. Esse
é um dos motivos que tornam o sorriso, entre nós, um excelente “abre-alas”.
Sorrir demonstra receptividade e é uma forma agradável de iniciar-se uma relação.
Pode, também, expressar cumplicidade entre pessoas que tiveram a mesma
percepção em determinada situação.
Sorrir melhora o
relacionamento social, pessoal e profissional. Uma aeromoça sorridente é bem
mais simpática que uma de “cara amarrada”. E qual o cliente que não gosta de
ser recebido com um belo sorriso? Na prática, ele mostra uma boa acolhida e
ajuda a “quebrar o gelo”. Quem nunca passou por uma situação em que seu sorriso
aliviou o “clima”? O sorriso é mágico! Ele tem o poder de desarmar as pessoas!
O sorriso leva a felicidade
a todos e a toda parte. É o símbolo da alegria, da amizade e da boa vontade. É
alento para os desanimados, repouso para os cansados, raios de sol para os
tristes e ressurreição para os desesperados. Não custa e rende muito. Enriquece
quem recebe, sem empobrecer quem o dá. Dura somente um instante, mas seus
efeitos perduram para sempre. Ninguém é tão rico que dele não precise; ninguém
é tão pobre que não possa dá-lo a outras pessoas. Não se compra, nem se
empresta. Nenhuma moeda do mundo pode pagar o valor de um sorriso!
Eleições se aproximando, e
boa parte dos candidatos ainda insistem em manter um sorriso grudado no rosto.
O sorriso, nitidamente forçado, tornou-se um vício de expressão. Ainda bem que
os especialistas em marketing já apostam em expressões menos caricaturais. Esse
sorriso estampado no rosto desenfreadamente não convence e, pelo contrário,
provoca repulsa e antipatia. É preciso ter cuidado, pois o exagero poder ser
interpretado como fingimento e falsidade.
Não basta simplesmente
sorrir. Tem que vir de dentro, com vontade! Sorrir com a alma e com o coração!
O gesto também tem
repercussão na saúde. Um simples sorriso movimenta, no mínimo, 12 músculos da
face, e cerca de 58 quando se transforma numa risada sonora. Já a gargalhada
massageia também o tórax e os músculos envolvidos na respiração. Isso aumenta a
oxigenação e a irrigação sanguínea, o que beneficia o funcionamento de todo o
organismo! SOLTE O SEU SORRISO...
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 15 - 30/03/2006)
Cuidar da boca evita doenças
Perceber um sangramento na
gengiva ao usar fio dental, ou sentir uma espécie de “choque” nos dentes
bebendo líquido gelado ou quente pode ser um indicativo de que a boca está
pedindo socorro! Por parecerem sintomas simples, muitas pessoas protelam a ida
ao dentista e atribuem a culpa ao tipo de escova que está sendo usada ou às
obturações desgastadas. Mas esses são sintomas iniciais de problemas que podem
comprometer a saúde de todo o corpo.
Existem vários tipos de
doenças bucais. Elas podem se apresentar na forma de uma simples cárie até o
câncer de boca. Diversos também são os causadores destas doenças. A cárie, por
exemplo, se manifesta através de uma lesão causada pela ação desmineralizante
do ácido produzido pelas bactérias da placa sobre os dentes. Essa lesão, além
de causar dor, pode levar à infecção e até à perda do dente. É preciso estar
atento aos primeiros sinais iniciados através de manchas brancas, que se não
forem tratadas têm como conseqüência a progressão da lesão, gerando uma
cavidade.
Um dos períodos mais
importantes para se prevenir a cárie é durante a erupção dos dentes, sejam eles
decíduos (“de leite”) ou permanentes. Grande parte dos problemas dentários dos
adultos, inclusive a necessidade do uso de aparelhos, é causada pela perda
precoce dos dentes “de leite” quando ainda criança.
As doenças periodontais são
aquelas que envolvem as estruturas de sustentação e proteção dos dentes, como a
gengiva e o osso. A gengivite é uma inflamação causada pelo acúmulo de placa
bacteriana. Os sintomas são: inchaço, vermelhidão e sangramento durante a
escovação, além de dor e mau hálito. Já a periodontite é o estágio mais
avançado da gengivite, onde ocorre perda óssea causando dor, retração da gengiva
e mobilidade, que pode levar à perda do dente.
Segundo pesquisa realizada
pela ABO (Associação Brasileira de Odontologia) em 2004, no Brasil, 50% das
pessoas com mais de 40 anos possuíam apenas metade dos dentes. Dados desta
mesma fonte revelaram que 95% dos brasileiros sofriam de cárie e doenças da
gengiva.
A boca é um orifício que
estabelece ligação entre o ambiente externo e o interno. É a porta de entrada
de alimentos, bactérias, infecções... Uma boca saudável é imprescindível para
manter a saúde do resto do organismo. A saúde é uma só, não há como separar a
bucal da sistêmica.
A falta de cuidados com a
boca pode ocasionar problemas graves em todo o corpo humano. A doença
periodontal começa com a inflamação da gengiva, evoluindo para a perda óssea.
Com o processo inflamatório ocorre a liberação de mediadores no organismo, que
podem atuar nas paredes dos vasos sangüíneos ou na produção de fatores da
coagulação, havendo evidências científicas de fator de risco para várias
doenças.
A infecção periodontal, se
não tratada, pode afetar os sistemas orgânicos aumentando a suscetibilidade à
diabetes, arteriosclerose, doença coronariana, angina, infarto do miocárdio e
acidente vascular cerebral (AVC, derrame). Estudos recentes estão avaliando se gestantes
com periodontite apresentam maior probabilidade de terem bebês prematuros ou
com baixo peso ao nascer.
O primeiro passo a ser
tomado é a prevenção! Tudo pode ser controlado através de uma higienização
eficiente e da consulta regular ao dentista. A grande maioria dos problemas
dentários pode ser evitada com uma escovação adequada (incluindo uma boa escova
macia, associada a um dentifrício com flúor) e o uso correto do fio ou fita
dental. Faça a sua parte e não se esqueça:
A SAÚDE BUCAL MELHORA A QUALIDADE DE VIDA!!!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 16 - 30/04/2006)
Combate ao mau hálito
Cabelo impecável, a roupa da
moda, o melhor perfume – tudo pronto para o primeiro encontro. Ou melhor, quase
tudo. Não podem faltar o halls de menta, chiclete de hortelã ou canela, e um
velho teste: mão em formato de concha e uma ligeira expiração pela boca. Tudo
bem. Hálito perfeito! Não adianta negar, todo mundo já viveu uma situação
constrangedora provocada pelo mau hálito. Seja ao acordar, em momentos de
stress, durante a menstruação, jejum prolongado, em velórios ou devido a
regimes inadequados.
O mau hálito ou halitose não
é uma doença, mas um sintoma de alguns problemas da boca ou do organismo. Pode
ser um sinal da ocorrência de enfermidades como sinusite, rinite, gengivite,
cárie, câncer e outras. Ou ainda pode ter uma causa passageira, como a ingestão
de alimentos muito condimentados ou uma higienização mal feita. O mau odor, em
90% dos casos, tem origem na boca.
São várias as razões que podem
ocasionar a halitose. Ela normalmente ocorre devido à presença de
microorganismos que atuam sobre os restos epiteliais descamados da mucosa
bucal, causando a formação de um cheiro desagradável. Mas existem também outras
causas que podem resultar no surgimento do mau hálito. A halitose matinal
ocorre em quase 100% da população, e é causada pela diminuição da produção de
saliva durante o sono, o que propicia a ação dos microorganismos.
A halitose fisiológica
ocorre quando o paciente apresenta algum problema de ordem sistêmica, como
diabetes, uremia (disfunção renal), sinusite, rinite, faringite, amigdalite,
alergias, doenças pulmonares, problemas gástricos, intestinais, deficiência de
vitamina A e D, stress, uso de medicamentos quimioterápicos, alterações hormonais,
como no período da menstruação e na gravidez. Em raríssimos casos o estômago ou
outras partes do aparelho digestivo estão envolvidos na halitose. Isso pode
ocorrer se, por exemplo, o órgão for acometido por um câncer maligno grave, ou
se a pessoa sofre de refluxo gastrointestinal. A prisão de ventre provoca a
absorção de toxinas fecais pela corrente sangüínea. Essas toxinas são liberadas
pela boca e pelo nariz quando exalamos o ar expirado. A situação de stress
induz uma liberação excessiva de adrenalina, neurotransmissor que inibe a
glândula salivar, reduzindo a produção de saliva. O uso prolongado de alguns
medicamentos causa a diminuição contínua da salivação, denominada xerostomia,
caracterizada pela boca seca. A redução do fluxo salivar prejudica a limpeza da
boca.
A halitose bucal aparece
geralmente quando o paciente apresenta focos de proliferação microbiana na
boca, como cárie, gengivite, periodontite, próteses ou restaurações mal
adaptadas, feridas cirúrgicas, abscessos. Os dentes cariados podem provocar
odor ruim quando em grande número ou quando a cárie atinge o nervo, inflama,
retém resíduos e aumenta a concentração de bactérias na boca. O sangramento e a
secreção de pus, associados às doenças periodontais, conduzem a um mau hálito
bastante acentuado. O fator local que leva à ocorrência de 96% dos casos de
halitose na população é a saburra lingual, também conhecida por língua
saburrosa, uma placa esbranquiçada ou amarelada que se adere ao dorso da
língua, principalmente em sua porção posterior. A saburra é formada por
resíduos alimentares, células mortas da descamação natural do tecido e
microorganismos que se acumulam entre as papilas linguais, formando pequenos
sacos. Com a saburra, as bactérias proliferam-se e fermentam os restos de alimentos,
provocando a liberação de gases à base de enxofre e o mau cheiro. Quando a
saburra lota as papilas, torna-se aparente, como um tapete branco ou amarelo
sobre a língua. Quanto maior a quantidade de saburra, pior o hálito. Tanto a
diminuição do fluxo salivar quanto a natureza da dieta alimentar podem
favorecer o aparecimento da saburra lingual.
A qualidade da alimentação
pode interferir no hálito. As comidas de fast food, pastosas, industrializadas
e menos fibrosas, estimulam pouco as glândulas salivares. Isso reduz a produção
de saliva, prejudicando a autolimpeza bucal. Alimentos mais sólidos e ricos em
fibras provocam maior atrito na língua e conseguem retirar parte da saburra.
Alimentos gordurosos ou muito condimentados contêm substâncias malcheirosas que
entram na corrente sangüínea, vão para o pulmão e são exaladas pelo nariz e
pela boca. Alguns exemplos são o alho, a cebola e o repolho.
Quando alguém está fazendo
regime e fica muito tempo sem se alimentar, não há formação de fluxo salivar
suficiente para limpar a boca. Durante o jejum prolongado não ocorre
mastigação, o que leva as células a sofrerem proteólise (degradação),
resultando na produção de odores fétidos, que são exalados com a expiração do
ar.
Algumas pessoas vivenciam
crises momentâneas de mau hálito. Isso pode ocorrer quando elas bebem em
excesso, consomem alimentos gordurosos e dormem pouco, situações típicas das
festas de final de ano e carnaval. As bebidas alcoólicas aumentam a descamação
bucal, relaxam o esfíncter, gerando refluxo, e estimulam a formação de gases. A
ingestão exagerada de álcool é responsável pelo famoso gosto metálico de “cabo
de guarda-chuva”.
A saliva contém substâncias
bactericidas, que matam algumas bactérias, e seu fluxo contínuo se encarrega de
lavar mecanicamente a cavidade bucal, portanto qualquer evento que provoque
ressecamento da boca pode causar halitose. Beber pouca água, respirar pela
boca, roncar, falar por muito tempo, até mesmo permanecer em ambiente com ar
condicionado pode levar ao mau hálito. O cigarro pode provocar halitose porque
resseca a boca, piora as condições periodontais, aumenta o gotejamento de muco
pós-nasal e deixa um resíduo que altera o cheiro bucal.
Na próxima edição
continuaremos o combate ao mau hálito!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 17 - 30/05/2006)
Combate ao mau hálito (parte 2)
A primeira pesquisa no país
sobre o mau hálito foi realizada pelo CRO-SP (Conselho Regional de Odontologia
de São Paulo), em 2001. Os resultados indicaram que 40% da população brasileira
sofre desse mal. O mais preocupante é que, com o passar dos anos, os problemas
eventuais podem se tornar crônicos. O hálito costuma variar conforme a idade.
Na criança de até cinco anos, é adocicado. No adolescente e no adulto, é
neutro. Já entre os idosos, é bem mais forte.
Vergonha, constrangimento,
medo de falar em público, dificuldades para levar adiante relacionamentos
afetivos, profissionais e isolamento social são alguns dos diversos problemas
que atormentam a vida das pessoas que sofrem com a halitose. O curioso em
relação ao mau hálito é que muitos portadores não conseguem perceber o odor
desagradável que exalam. São os outros que notam e ficam sem jeito de avisar:
“Olha, teu hálito não está legal!” Às vezes nem toda intimidade do mundo
justifica uma atitude como essa e o fato não é encarado como deveria.
Para aqueles que almejam
livrar-se da halitose e para os que temem a possibilidade de sofrer desse mal,
tenho uma boa notícia: o mau hálito tem cura quando sua causa principal é tratada
adequadamente. É comum uma pessoa apresentar mais de um fator de origem da
halitose. E o problema nem sempre é sinônimo de má higiene bucal. O tratamento
pode ser bem sucedido, sendo necessário investigar todas as causas para
corrigi-las. Toda terapêutica que não busca a origem da halitose é paliativa.
Nessa categoria estão os chamados “enxagüantes” bucais, as pastilhas
aromáticas, os sprays perfumados e as receitas populares como mascar cravo e
gengibre para refrescar o hálito. Todos esses recursos têm ação temporária,
neutralizando a halitose apenas por um período. As soluções comerciais para
gargarejo também não são úteis. Não se pode confiar nesses produtos
“milagrosos”. Eles reduzem o número de bactérias presentes na parte posterior
da língua, mas seu efeito é de curta duração. Alguns enxagüantes possuem alto
teor de álcool, o que gera uma sensação de ardência. Eles podem até queimar a
língua e a mucosa das bochechas, resultando em descamação dessas células e
piorando a halitose.
Tanto para a prevenção
quanto para o tratamento da halitose, a melhor opção é LIMPAR A LÍNGUA
suavemente. A maior concentração de saburra se dá na base da língua, na parte
de trás, onde a escova dificilmente alcança. Se alcançar, pode provocar ânsia
de vômito. Para isso foi inventado o RASPADOR DE LÍNGUA, dispositivo em forma
de “U” ou ferradura, de material plástico, à venda em farmácias. O raspador ou
limpador de língua não tem verticalidade suficiente para causar mal-estar. Para
limpar corretamente, deve-se esticar a língua para fora e passar o instrumento
levemente, desde a base lingual, sempre de trás para frente. O objetivo é
remover toda a placa branco-amarelada, com delicadeza, sem machucar. No começo,
a pessoa sente um pouco de náusea, mas ela diminui com a prática e o
autocontrole desenvolvido. O ideal é usar o raspador três vezes por dia, ou até
mais se houver disponibilidade. Esse raspador não é indicado somente para
pacientes com halitose, mas sim para a população em geral.
Várias medidas contribuem
para combater o mau hálito. Ingerir pelo menos oito copos de água por dia, para
ajudar na higienização da boca e estimular a produção de saliva. Tomar um bom
café da manhã para limpar a cavidade bucal e manter um fluxo salivar
satisfatório. Evitar alimentos que provocam o mau cheiro, como refrigerantes,
café, chá preto, ketchup, mostarda, molho curry, pimenta, picles, enlatados,
álcool, gorduras, limão, alho, cebola, repolho. Comer muita fibra. Alimentar
O mais importante é não
tentar camuflar o problema com balas ou chicletes e procurar a ajuda de um
dentista. Ele levantará o diagnóstico correto para descobrir se a halitose é
bucal ou sistêmica antes de estabelecer qualquer plano de tratamento. Sendo
bucal, ele eliminará a causa e acabará com o mau hálito, definitivamente. Sendo
sistêmica, ele irá encaminhar o paciente para um profissional especialista na
área. Halitose tem tratamento! FIQUE LIVRE DO MAU HÁLITO!
(Artigo publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 18 -
30/06/2006)
Piercing bucal - um modismo perigoso
Praticado há milênios por
povos tribais em todos continentes, o “body piercing” ressurgiu, a partir de
1970, como um adereço de tribos urbanas em Londres e, nos anos noventa,
transformou-se em verdadeira moda entre jovens de todo o mundo. A expressão
“body piercing” literalmente significa perfuração do corpo e dá nome ao
artefato assim colocado, atualmente mais conhecido por “piercing”, a forma
reduzida da expressão.
Nos últimos cinco anos, no
Brasil, observou-se um crescente aumento do piercing fixado nos lábios ou na
língua, sobretudo entre jovens. Esse fato é preocupante, pois esse modismo pode
resultar em sérios prejuízos para a saúde, podendo causar até o risco de morte.
O piercing de língua, por
exemplo, tem uma haste longa, sendo que numa extremidade há uma esfera fixa,
soldada, e na outra, uma esfera que é parafusada. O “piercer”, como é chamada a
pessoa que trabalha com a colocação do piercing, perfura a língua do usuário
para transfixar a haste - o que é evidentemente um ato cirúrgico. Essa prática
é perigosa, pois a maioria dos “piercers” não está preparada para o tipo de
procedimento. Nem os locais são apropriados para essas verdadeiras intervenções
cirúrgicas, não têm sequer as condições mínimas de biossegurança para prevenir
infecções e a transmissão de doenças como AIDS, hepatite, herpes, cândida ou
viroses.
Infecção, dor e edema
(inchaço) após a perfuração são alguns dos riscos do uso de piercing na boca,
mas existem vários outros. O piercing altera a fala. A fonação fica
prejudicada. O potencial mastigatório e a eficiência da trituração dos
alimentos e da deglutição também diminuem. Durante as refeições podem ocorrer
trincas, fraturas dentárias ou fraturas de raiz, com a probabilidade de
comprometer a integridade ou até mesmo levar à perda de um ou mais dentes.
Processo alérgico devido a
hipersensibilidade a metais, formação de tecido cicatrizado (quelóide),
oxidação do piercing e corrosão de restaurações metálicas são efeitos adversos
bastante comuns. Restos alimentares e corpos estranhos caídos dentro do local
perfurado provocam mau hálito. O piercing dificulta o diagnóstico radiográfico.
O artefato provoca uma distorção do metal na imagem, o que pode impedir uma
avaliação precisa da parte maxilar, mandibular e dos dentes nas radiografias.
Poderia continuar citando
inúmeros malefícios a que se expõe o usuário do piercing de língua, mas para
concluir vou alertar para uma grave condição. A esfera parafusável pode se
soltar. Se isso acontecer, o usuário ficará com um artefato grande (a haste é
longa) solto na boca. Imagine que isso ocorra com o paciente dormindo. Ele
poderá aspirar o piercing, sem os reflexos normais do estado de consciência, e
imediatamente ficará com as vias aéreas superiores obstruídas, podendo causar
morte por asfixia. Se a haste do piercing
soltar durante a prática de esportes também pode ser perigoso.
Atitude é saber dizer NÃO!
Admiro quem tem personalidade e não vive seguindo modismos, tendências. Esses,
sim, fazem a diferença e chamam a atenção por não se comportarem como robôs e
marionetes. A pessoa autêntica de verdade cria seu estilo próprio. Tem amor ao
seu corpo. Preserva a sua saúde. E valoriza a sua vida! Pense nisso!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 19 - 30/07/2006)
Você já ouviu falar em bruxismo?
O bruxismo é um hábito
extremamente destrutivo, em que o indivíduo range ou aperta os dentes,
inconscientemente, por longos e contínuos períodos. Ocorre principalmente
durante a noite, quando o indivíduo tenta liberar as tensões emocionais ou
oclusais (encaixe dos dentes). O bruxismo é involuntário, portanto, muitas
pessoas não sabem que têm o problema. Não há idade mínima para que o bruxismo
ocorra. Alguns trabalhos estimam uma incidência entre 6% e 20% dos adultos e
14% das crianças, tendo, para alguns autores, uma ocorrência maior em mulheres.
Porém, tanto a freqüência quanto a gravidade do bruxismo podem variar
amplamente.
Vários fatores podem gerar o
bruxismo, sua etiologia é multifatorial. A causa mais comum é uma oclusão
anormal (mordida inadequada), ocasionada, freqüentemente, por tensão, stress e
ansiedade. Além disso, um trauma sofrido na região do rosto e hábitos deletérios
como roer unha, morder canetas ou outros objetos, chupar dedo, mascar
chicletes, mastigar de um lado só, dormir com o travesseiro muito alto ou muito
baixo, apoiar a mão sobre o queixo ao dormir também podem contribuir para o
aparecimento do bruxismo.
Com o tempo, a força
excessiva gerada sobre os músculos mastigatórios pode produzir conseqüências
como dores de cabeça, dores na região da nuca e dos ombros, desgaste nos
dentes, nos ossos e nos músculos. O ruído oclusal, quando presente, é um sinal
diagnóstico importante. Outros sintomas comuns são: sensação de rigidez
matinal; mobilidade dental; dificuldades mastigatórias; falta de coordenação
durante os movimentos mandibulares; ruídos auditivos; travamento articular;
trismo (contratura dolorosa da musculatura da mandíbula); sensibilidade dental
e muscular à palpação; dor e cansaço no rosto ao falar ou se alimentar; dor
próximo ao ouvido; zumbido e sensação de ouvido tampado; dificuldade de abrir a
boca. Os dentes sofrem um desgaste, diminuindo de tamanho e ficando curtos,
retos, quadrados. Pode ocorrer retração gengival, acompanhada de sensibilidade
e dor. Ao observar um desses sintomas, a pessoa deve recorrer a um
especialista. O tratamento do bruxismo é multidisciplinar, devido à sua
infinidade de causas, envolvendo vários profissionais como dentistas, médicos,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos. Qualquer um desses profissionais
está capacitado a diagnosticar o problema.
Os principais objetivos do
tratamento são reduzir a tensão emocional do indivíduo, tratar sinais e
sintomas, aumentar a estabilidade oclusal, redistribuir as forças sobre o maior
número de dentes e eliminar os contatos prematuros e interferências oclusais.
Entretanto, nem todos os casos de bruxismo são eliminados quando se corrige a
oclusão. Não há uma fórmula pronta, uma “receita de bolo”. O plano de
tratamento ideal deve ser feito de forma individualizada, aumentando, assim, as
chances de sucesso.
As placas acrílicas de
proteção, também chamadas de placas mio-relaxantes (relaxantes musculares),
auxiliam na redução da atividade muscular, protegendo os dentes do desgaste.
Elas apenas agem nos sintomas e não na causa do problema, portanto, seu uso não
deve ser considerado como tratamento e sim como coadjuvante. O controle da tensão,
do stress e da ansiedade, além da eliminação de hábitos nocivos como mascar
chicletes, morder o canto dos lábios e objetos podem ajudar na prevenção do
bruxismo. FIQUE ATENTO!!! Caso você apresente algum desses problemas, procure o
seu dentista o mais rápido possível!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 20 - 30/08/2006)
Cigarro: apague esse vício
O cigarro mata 200 mil
pessoas por ano
O tabagismo está associado a
nove tipos de tumor: de pulmão, boca, laringe, faringe, pâncreas, bexiga, rins,
colo do útero e esôfago. Danifica as artérias, provocando várias doenças
cardiovasculares, especialmente infarto e derrame cerebral. Prejudica a
oxigenação da pele, que fica seca, fina e flácida, favorecendo o surgimento de
manchas e olheiras. Antecipa o aparecimento de rugas e o envelhecimento
precoce. Afeta o raciocínio, a memória, a capacidade de resolver os problemas e
acelera o envelhecimento de peças-chave do DNA. Compromete o fluxo de sangue
para os ovários, altera a produção de estrogênio e pode antecipar a menopausa.
As toxinas do fumo dobram os riscos de ter diabetes.
Na área odontológica vários
efeitos adversos, tais como mau hálito, dentes amarelados, gengiva escura,
manchada e boca roxa, são freqüentemente observados em fumantes. Há uma relação
bem documentada entre o tabagismo e a doença periodontal. Inúmeros estudos
indicaram perda óssea elevada associada ao fumo. O cigarro é prejudicial à
cicatrização e, conseqüentemente, pode influenciar o resultado clínico de
terapias cirúrgicas e não-cirúrgicas, assim como limitar o sucesso da colocação
de implantes. Fumantes podem apresentar doença periodontal em uma idade
precoce, podem ser difíceis de tratar com terapia convencional e poderão
continuar a ter periodontite recorrente ou progressiva, resultando em perda
dentária.
O uso de tabaco para
mastigar tem sido associado com câncer bucal. Também foram registrados casos de
gengivite e resseção gengival na área onde é colocado o tabaco. Pouca
informação está disponível quanto aos efeitos do charuto e do cachimbo sobre o
periodonto, mas parece que os malefícios são similares aos do uso do cigarro.
O mais interessante é que se
a pessoa ficar SEM FUMAR POR:
- 20 MINUTOS: a pulsação
volta ao normal
- 2 HORAS: o sangue não tem
mais nicotina
- 2 DIAS: o olfato e o
paladar já se mostram mais apurados
- 3 SEMANAS: a respiração e
a circulação melhoram
- 1 ANO: cai em 50% a
probabilidade de uma doença coronariana
- 5 ANOS: o risco de infarto
é o mesmo de quem nunca fumou
A guerra contra o vício tem
como principal estratégia a mudança de comportamento e a reorganização da vida.
Os melhores resultados são obtidos em ações multidisciplinares, que envolvem
áreas de medicina, psicologia e nutrição. Diversos métodos podem ser adotados:
medicamentos que inibem a compulsão por nicotina, associados ou não a adesivos
da substância, homeopatia, hipnose, acupuntura e muitos outros. E então, que
tal apagar o cigarro? A missão pode não ser fácil, mas está longe de ser impossível!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4
- Nº 21 - 15/10/2006)
Boa saúde dos
dentes começa
pelos cuidados
com a gengiva
As doenças da gengiva são as
principais causas de perda de dentes a partir dos 40 anos, ultrapassando
inclusive as extrações motivadas pelas cáries. Pessoas com dentição saudável
podem se surpreender ao ver seus dentes abalados por um problema muito comum: a
gengivite, ou inflamação da gengiva. Limpeza e raspagens feitas por um
profissional, aliadas a uma boa prática de higienização bucal podem reverter a
doença que, se negligenciada, pode evoluir para periodontite, que leva à perda
óssea e à queda dos dentes. A gengivite é uma doença bastante presente nos
consultórios, mas, apesar da alta incidência, poucos pacientes se preocupam com
o problema.
Diariamente, uma camada de
bactérias circula na superfície dos dentes. Essas bactérias, em contato com os
resíduos alimentares e a saliva, formam a placa bacteriana. Embora seja quase
invisível, o acúmulo da placa bacteriana é a causa da cárie, tártaro e doenças
da gengiva. O acúmulo da placa bacteriana resulta em efeitos na gengiva, que se
torna inflamada, vermelha, inchada, brilhante e, por vezes, apresenta
sangramento. O sangramento gengival é um sinal de doença da gengiva. Essa
doença é chamada gengivite. Essa situação sem tratamento pode levar a uma forma
mais grave do problema. Quando a doença deixa de estar restrita à gengiva
(gengivite) e afeta as outras estruturas de suporte dos dentes, principalmente
o osso e o ligamento periodontal que o une ao dente, a doença passa a chamar-se
periodontite. Formam-se bolsas entre os dentes e a gengiva, que são muito
difíceis de higienizar durante a escovação. Isso é um fator que permite a
progressão da doença, podendo ocasionar a perda do dente se não tratada a
tempo.
Muitas vezes as pessoas têm
a falsa impressão de que o simples escovar dos dentes as livra das doenças
periodontais, mas é preciso que a prática da técnica seja correta. Há pacientes
que alegam escovar os dentes cinco vezes ao dia e se assustam ao saber que
estão com gengivite. No entanto, parte da boca pode estar sendo mal escovada e
as doenças vão se manifestar exatamente ali.
Nem sempre a gengivite irá
evoluir para uma periodontite. Isso irá variar de acordo com a suscetibilidade
de cada pessoa, embora uma doença esteja diretamente relacionada ao
desenvolvimento da outra.
A principal aliada contra as
doenças da gengiva é uma boa higienização diária, que muitas vezes é
trabalhosa, mas fundamental. Um ciclo completo de limpeza inclui o uso da
escova e fio dental, logo após as refeições. A escova dental deve ser macia e
posicionada em um ângulo que permita atuar levemente na junção dos dentes e a
gengiva. (Atenção: a escova deve ser trocada regularmente de três em três
meses, ou quando as cerdas estiverem deformadas!) O fio ou fita dental deve ser
usado diariamente, para remover a placa bacteriana das superfícies laterais dos
dentes e abaixo da linha da gengiva, onde as cerdas das escovas não alcançam. A
escovação suave da língua também é essencial!
É importante fazer uma
visita ao dentista pelo menos duas vezes por ano. A realização de consultas
periódicas é a única forma de se detectar precocemente os problemas bucais.
Nesta fase o tratamento é indolor, mais fácil, rápido e acessível!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 22 - 10/11/2006)
Segredos para um sorriso feliz
Depois das refeições, usar o
fio dental e escovar os dentes, nesta ordem, é a receita mais simples para
manter a saúde bucal em dia. O fio ou fita dental são usados para remover a
placa bacteriana que se deposita no espaço interdentário, entre o dente e a
gengiva, pontos que as cerdas da escova não alcançam. A limpeza é fundamental,
porque é nessa região que a cárie e as doenças da gengiva se manifestam com
maior freqüência. O fio ou fita dental limpam as áreas não alcançadas pela
escova, mas devem ser usados com cuidado, para não ferir a gengiva. Se houver
sangramento, é porque foi aplicada força em excesso ou existe alguma inflamação.
A escova precisa ter cerdas macias e deve ser usada também para limpar a
língua. E nunca deve ser compartilhada com ninguém. As bactérias que existem na
boca da mãe não são do mesmo tipo das que moram na boca do filho, por exemplo.
E o sistema imunológico de um pode não conseguir combater as bactérias do
outro.
Além da dupla fio dental e
escova (e da visita periódica ao dentista), existem hábitos simples que ajudam
a evitar problemas como mau hálito e cáries. Bochechos são eficientes na
eliminação do excesso de sujeira. Se faltar tempo para fazer a limpeza
completa, faça bochechos com água. Uma boa dica é carregar uma escova de dentes
na bolsa e nunca abrir mão do fio dental, pelo menos uma vez ao dia. Se restos
de alimentos ficarem presos entre os dentes, tente remover com o fio dental,
cuidadosamente. Se você não conseguir retirar os resíduos alimentares entre os
dentes, consulte o seu dentista. Não tente remover os alimentos com objeto ou
instrumento pontiagudo (palito), pois você poderá se machucar.
Há quatro tipos de alimentos
que você deve evitar: duros, grudentos, espumantes e doces. Exemplos de
alimentos duros: gelo, pipoca, nozes. Alimentos grudentos: goma de mascar e
caramelo. Bebidas espumantes: todos os refrigerantes. Doces: biscoitos, balas e
chocolates. Evite guloseimas e açúcar, pois são eles os culpados por deixarem o
pH da saliva ácido, o que abre as portas para as cáries. Aprenda a se policiar
e não ingerir açúcares entre as refeições – principalmente a sacarose,
encontrada nas balas, chicletes, chocolates e caramelos. O ideal é comer os
doces durante as refeições e não entre elas. Se você acabou de almoçar, coma o
doce agora e, em seguida, escove os dentes. Não deixe para depois.
Quem usa aparelho
ortodôntico fixo não deve morder nada com os dentes da frente. A bala, por
exemplo, deve ser dissolvida na boca e não mordida. Se você vai comer uma maçã,
não morda diretamente. Corte um pedaço e coma. Outra dica para quem tem que
conviver diariamente com a limpeza dos brackets (ferrinhos) do aparelho, é
bochechar com água após as refeições, quando se está na rua e não levou a
escova de dentes na bolsa ou mochila. Para os usuários do aparelho, o fio
dental deve ser passado por trás do “ferro” (com a ajuda de um passa-fio ou
super floss) para limpar os dentes corretamente. Os cuidados devem ser
redobrados.
É recomendado o uso de
escovas interdentais ao redor e abaixo de coroas e pontes dentárias. Sua grande
vantagem é que elas permitem alcançar áreas da boca que de outra maneira seriam
inacessíveis, para remover a placa bacteriana e partículas de alimentos. Elas
também são perfeitas para massagear e limpar amplos espaços entre os dentes,
bem como as superfícies próximas ao fio metálico de aparelhos ortodônticos.
A escova elétrica à pilha remove
mais placa bacteriana que uma escova manual: sua eficácia foi clinicamente
testada e comprovada. Suas cerdas realizam movimentos oscilatórios para soltar
e remover as placas mais difíceis de serem alcançadas, como a dos dentes
posteriores e a da linha da gengiva. Além de permitir um alcance mais profundo,
a escova à pilha proporciona um excelente controle, o que facilita a escovação.
Essa escova é indicada para pessoas com dificuldade de coordenação motora, e
também para aquelas que apresentam higienização insatisfatória.
Uma técnica de escovação
adequada é extremamente importante, bem como o uso correto do fio ou fita
dental. Sempre dê maior ênfase à eficiência do que à freqüência da limpeza
dentária. Se a escova está ficando “espanada”, com as cerdas para fora, é hora
de trocá-la, pois não serve mais. O usual é trocar as escovas de três em três
meses e visitar o dentista regularmente para ver se está tudo certo com seus
dentes. Toda pessoa pode e deve fazer sua parte, pois a prevenção e a higiene bucal
são fundamentais para se ter uma vida saudável.
DESEJO QUE VOCÊ TENHA MUITOS
MOTIVOS PARA SORRIR... SEMPRE!
(Artigo publicado no Jornal de Guidoval - Ano
4 - Nº 23 - 15/12/2006)
O que fazer
Mês de férias,
viagens, praia, CARNAVAL... É importante ficar atento, pois imprevistos podem
ocorrer em qualquer época do ano! Pensando nisso, listei algumas dicas para
resolver os casos de emergência mais freqüentes.
DOR de DENTE:
·
Enxágüe a boca vigorosamente com água morna.
·
Escove os dentes suavemente, com escova de cerdas macias, e use fio
dental para remover qualquer alimento preso entre os dentes.
·
Não faça uso de anti-inflamatório ou antibiótico por conta própria.
A auto-medicação é extremamente perigosa!
·
Procure um dentista o mais rápido possível!
ALIMENTOS PRESOS
ENTRE OS DENTES:
·
Tente remover com o fio dental, cuidadosamente.
·
Se você não conseguir retirar os resíduos alimentares entre os
dentes, consulte o seu dentista.
·
Não tente remover os alimentos com objeto ou instrumento pontiagudo
(palito, unha), pois você poderá se machucar.
TRAUMA DENTAL – QUEDA do DENTE:
·
Encontre o dente.
·
Segure-o pela coroa (parte mais larga).
·
Lave-o com água corrente e fria (tampe o ralo da pia), sem
esfregá-lo com escovas ou esponjas.
·
Siga uma das alternativas:
1.
Coloque o dente de volta na boca, no lugar de origem;
2.
Coloque o dente num copo com leite ou soro fisiológico;
3.
Quando não for possível usar leite ou soro, coloque o dente na
boca, entre a bochecha e a gengiva, ou então debaixo da língua.
·
Procure imediatamente tratamento dentário especializado, num
período máximo de duas horas. Quanto mais rápido ocorrer a reinserção do dente,
maior a chance de sucesso do tratamento!
TRAUMA DENTAL – DENTE QUEBRADO:
·
Encontre o pedaço do dente.
·
O pedaço do dente pode ser colado.
·
Para que isso possa ser feito, procure imediatamente um dentista,
não tente fazer você mesmo.
MACHUCANDO o LÁBIO ou a LÍNGUA:
·
Pressione diretamente a área machucada com uma gaze ou pedaço de
pano limpo.
·
Se estiver inchado, coloque uma compressa gelada.
·
Não faça bochechos.
·
Se o sangramento continuar, procure o hospital ou o pronto-socorro
mais próximo.
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval – Ano 4 - Nº 24 - 16/02/2007)
Nasce um sorriso
Cuidados com os dentinhos dos bebês
devem começar ainda na barriga da mãe
Mal nasceram os primeiros dentinhos de leite, e
já é hora de o bebê visitar seu dentista. A atuação precoce na cavidade bucal
do recém-nascido é fundamental para o bom desenvolvimento de hábitos saudáveis.
Uma nova especialidade, a Odontologia intra-uterina e para bebês, surgiu para
cuidar da saúde bucal da criança, que nasce livre dos agentes causadores da
cárie. E, por incrível que pareça, é a mãe, que fica horas ao lado do bebê,
quem oferece maior risco na transmissão da doença.
Os cuidados com a
saúde oral do bebê devem ter início antes mesmo de seu nascimento, com o
tratamento adequado da flora bucal da gestante. Uma alimentação saudável, rica
em cálcio e pobre em açúcar, só trará benefícios ao bebê. Intensificar a
higienização é outro cuidado importante, já que na gravidez a mulher se
alimenta em intervalos mais curtos. A consulta periódica ao dentista é
imprescindível!
A higiene bucal da
mãe está mais próxima à saúde do bebê do que podemos imaginar. Uma gestante com
periodontite (inflamação na gengiva e no osso que envolve os dentes) tem 7,5
vezes mais risco de dar à luz crianças prematuras e de baixo peso.
A cárie passa de
mãe para filho, é uma doença infecciosa e transmissível. Se a criança for
contaminada por microorganismos patogênicos antes dos 2 anos de idade, terá
chances 10 vezes maiores de desenvolver cárie, se comparada àquela infectada
após os 4 anos. A mãe deve modificar hábitos, evitar comer no mesmo talher da
criança, dar-lhe beijos na boca e soprar os alimentos. Essa dica também vale
para os pais, avós, tias, babás e outras pessoas que cuidam da criança.
O objetivo é a
promoção de saúde, ou seja, manter a saúde bucal do bebê, ao invés de tratar as
doenças mais tarde. Pesquisas mostram que a possibilidade de prevenir cáries no
primeiro ano de vida do bebê é superior a 95%. Quando a atenção odontológica
acontece entre 2 e 3 anos, as chances são reduzidas a 52%.
A partir do
segundo mês de vida, é recomendada a limpeza da boquinha e da gengiva do bebê
com gaze umedecida em água fervida ou filtrada. O hábito pode evitar a
candidíase, mais conhecida como sapinho. O atendimento às gestantes e bebês é
uma prática muito simples, acessível e oferece inúmeras vantagens. Os pais
devem ser dentistas dentro de casa.
Outra participação
fundamental para o sucesso da prevenção é a do pediatra que já acompanha a
criança, compreende suas necessidades e conhece bem a família. Os profissionais
deveriam ser melhor preparados para os cuidados com a saúde bucal, até mesmo
para incentivar os pais a consultar o dentista o mais cedo possível. Ainda há
uma concepção totalmente errada de que, por não serem definitivos, os dentes de
leite não merecem atenção.
A amamentação
exclusiva no peito é essencial até os 6 meses. Toda criança nasce com a
mandíbula um pouco retraída. A amamentação irá estimular o desenvolvimento
ósseo, evitando problemas de má oclusão. Também é aconselhável evitar o uso de
bicos e mamadeiras.
Com o aparecimento
dos primeiros dentinhos, a mãe deve levar a criança ao dentista. O mais
interessante é que, no primeiro ano de vida, o bebê nem costuma chorar.
Cadeirinhas especiais, instrumentos adaptados, materiais adequados e a
participação direta da mãe durante a consulta ajudam no processo. Na prática, o
modelo de atenção precoce permite a formação de bons hábitos até os 3 anos de
idade. E eles têm tudo para durar pela vida inteira...
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 4 - Nº 25 - 13/04/2007)
Nasce um sorriso (parte
2)
Cuidados com os dentinhos dos bebês
devem começar ainda na barriga da mãe
Durante a gravidez, na
oitava semana, tem início a formação dos dentes do bebê. Por isso, é
fundamental uma alimentação saudável e equilibrada! A mãe deve manter uma dieta
variada e rica em cálcio (leite e ovos), evitar alimentos industrializados e
dar preferência aos açúcares naturais (frutas). É importante evitar os excessos
e não “comer para dois”.
Por volta do
quarto mês de gestação inicia-se o processo de calcificação dos dentes de leite
e o desenvolvimento do paladar do bebê. A mãe deve intensificar a higienização
da própria boca, pois costuma reduzir os intervalos entre as refeições. A
visita periódica ao dentista é imprescindível! Afinal, as bactérias da cárie
podem ser transmitidas de mãe para filho.
Após o parto, até
os seis meses, é essencial amamentar apenas no peito. Como o bebê nasce com a
mandíbula retraída, aproximadamente de
A partir do sexto
mês é hora de iniciar o desmame, retirando a amamentação noturna. O bebê
experimenta alimentos pastosos e aprende a mastigar até os nove meses. O ideal
é passar do seio direto para os copos modificados, adaptados para os bebês. A
mamadeira deve ser evitada a todo custo, devido aos problemas de má oclusão que
seu uso pode causar. Aos seis meses, o bebê deve ir pela primeira vez ao
dentista. Com o aparecimento dos dentes, deve-se usar uma escova dental macia e
pasta de dente sem flúor. Como a criança não cospe a pasta, há risco de
fluorose, que provoca manchas brancas ou amareladas nos dentes permanentes, já
em processo de formação.
Na idade de um a
três anos a alimentação deve ser rica em cálcio e com pouco açúcar. A criança
deve ter a mastigação estimulada para favorecer o crescimento das arcadas
dentárias. É recomendada a visita trimestral ao dentista.
Até os sete anos
os pais são responsáveis pela escovação dos dentes da criança. A partir dessa
fase, poderão apenas supervisionar a “faxina”. É preciso destacar que a criança
nessa faixa etária ainda não tem controle motor adequado e capacidade técnica
suficiente para usar o fio dental sozinha. Sendo assim, cabe aos pais ou
responsáveis a obrigação de passar o fio dental nos dentes da criança, pelo
menos uma vez ao dia, de forma caprichada e criteriosa. À noite, a limpeza dos
dentes deve ser mais cuidadosa! Os pais devem levar seus filhos para consulta
ao dentista de seis em seis meses, impreterivelmente. Essa fase da dentição
mista, em que ocorrem as trocas dos dentes (caem os dentes de leite e nascem os
permanentes), merece total atenção!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 5 - Nº 26 - 25/05/2007)
Hipersensibilidade dentária
Poucas sensações são mais
desconfortáveis do que aquela dor aguda, aqueles choques repentinos, sentidos
quando os dentes entram em contato com alguma substância quente, fria ou doce.
Chamado de hipersensibilidade dentária, esse desconforto pode ocorrer por
diversos motivos que vão desde a retração ou resseção da gengiva, provocando a
exposição da raiz do dente, até a perfuração do dente pela cárie.
Calcula-se que o problema
afete, aproximadamente, 25% da população brasileira. Os sintomas podem se
manifestar de variadas formas, desde um leve incômodo ou pequeno desconforto
transitório até uma dor forte, aguda e insuportável. Muitos dentes apresentam
sensibilidade quando expostos aos estímulos gelados, quentes, doces, ácidos ou
ao toque, sem que haja qualquer patologia dental.
A doença periodontal causada
por acúmulo de placa bacteriana e tártaro pode levar à perda óssea e perda de
estrutura de inserção periodontal, aumentando assim a superfície da raiz
exposta ao meio bucal e, conseqüentemente, tornando os dentes sensíveis.
Uma fratura de parte do
dente pode causar exposição dentinária, gerando hipersensibilidade. A
perfuração do dente pela cárie também pode levar à ocorrência desse mesmo
problema.
A retração ou resseção
gengival e a abrasão dental associadas à escovação também podem provocar
sensibilidade. As principais causas incluem: técnica inadequada de escovação,
escovação intensa com cerdas duras e escovação com cremes dentais abrasivos. A
escovação ideal deve ser realizada com uma escova dental que apresente cabo
anatômico, permitindo o alcance efetivo dos dentes posteriores, cabeça pequena
e cerdas macias com filamentos arredondados. As escovas de cerdas duras NÃO
devem ser utilizadas! Elas servem apenas para limpar próteses, como dentaduras
e roachs, porém, jamais devem ser usadas para limpar os dentes e a gengiva! É
importante escolher cremes dentais de baixa abrasividade e dar preferência às
pastas brancas, sem porosidades parecendo areia, nem coloração vermelha, azul
ou verde. Vale ressaltar que uma boa escovação não exige força, e sim técnica.
Converse com seu dentista e peça orientações.
A erosão dental causada por
ingestão freqüente de bebidas e alimentos ácidos também está associada com o
surgimento de dentes sensíveis. Após a ingestão de alimentos ácidos, o pH do
meio bucal cai. Quando este atinge níveis abaixo de 5.5, caracteriza-se o
ataque ácido. Uma das funções da saliva é equilibrar o pH bucal, protegendo os
dentes do desafio ácido. Durante este período, o cálcio e o fosfato do esmalte
e dentina podem ser dissolvidos, desmineralizando o dente e tornando-os
sensíveis. Quanto maior a freqüência e o tempo de permanência dos dentes sob
ataque ácido, maior o potencial de desmineralização. Assim, a ingestão
freqüente de ácidos ao longo do dia é mais prejudicial do que a ingestão dos
mesmos alimentos em uma única vez. Pessoas que consomem refrigerante em excesso
e, principalmente, pessoas que sofrem de bulimia apresentam forte tendência de
desenvolver erosão dental, hipersensibilidade, e vários outros problemas
gravíssimos.
O primeiro passo para o
tratamento depende de um diagnóstico correto. É preciso diferenciar se a
sensibilidade dental está associada com algum problema periodontal (gengiva),
endodôntico (canal) ou oclusal (mordida). Algumas pessoas sentem dores tão
intensas que chegam ao ponto de optar pela extração do dente. Há diversas
formas terapêuticas, tais como uso de cremes dentais específicos, aplicação de
dessensibilizantes, laser. O gel de fluoreto de sódio (flúor) vem sendo
utilizado com sucesso. Além disso, esse produto apresenta uma ótima relação
custo-benefício, pois pode ser adquirido por um preço acessível em farmácias de
manipulação. Não existe uma “receita de bolo”, afinal cada caso é único. A
melhor solução é procurar um dentista. A auto-medicação não é uma boa opção!
Saúde é coisa séria!
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 5 - Nº 28
- 31/10/2007)
Sem medo de sorrir
Medo de dentista é
universal. Em qualquer parte do mundo esbarra-se em pessoas com pavor dos
instrumentos usados ou do barulho do motor dos aparelhos utilizados para tratar
dos dentes. Antigamente, o dentista era até motivo de ameaça para crianças que
não se comportavam direito. Ele era sinônimo de dor e sofrimento. Mas os tempos
mudaram. Equipamentos sofisticados, laser e ultra-sons estão colaborando para
que o atendimento seja cada vez mais indolor. Além disso, a maior consciência
em relação aos cuidados com os dentes está fazendo com que os problemas sejam
diagnosticados rapidamente e, portanto, apresentem menor gravidade.
Os adultos,
especialmente os pais, devem se policiar para não transferir seus traumas para
os filhos. Crianças demonstram medo e até mesmo pavor, sem nunca terem ido ao
dentista. Criou-se uma má impressão e essa “fama” atravessa gerações. É uma
pena que esse preconceito contra os dentistas ainda exista! Nós não provocamos
a dor, pelo contrário, visamos aliviar, controlar e, sobretudo, acabar com o
incômodo, além de proporcionar ganho funcional e estético. Com as descobertas e
a valorização da profilaxia, os cuidados começaram a ser estimulados ainda na
primeira infância. A terapia muitas vezes nem necessita de anestesia, pois
consiste em limpeza, polimento coronário e aplicação tópica de flúor. O
tratamento odontológico era voltado para a extração, porém, agora, está baseado
na prevenção! A Odontologia é uma profissão que tem como objetivo promover a
saúde bucal e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Nas últimas
décadas, a Odontologia viveu um período de grande evolução e desenvolvimento,
cujo resultado é o aperfeiçoamento científico e técnico da profissão. Essas
transformações modificaram a atuação do cirurgião-dentista, que tem hoje à sua
disposição diversas opções de intervenção e alternativas de tratamento.
Atualmente, os benefícios que a Odontologia proporciona ao ser humano são inúmeros:
desde a prevenção da cárie até a reposição de perdas dentárias, passando pelo
tratamento de doenças periodontais (das gengivas) e outras infecções, solução
para maloclusão, odontalgias (dores dentais), fraturas dentofaciais e implantes
dentários – só para citar alguns exemplos.
O novo aparato
tecnológico é variado. Uma das principais fontes de terror - o barulho do motor
da broca – já conta com alternativas bem menos assustadoras. Uma delas é um
aparelho de ultra-som com uma ponta de diamante usado para retirar o tecido
atingido pela cárie. É mais silencioso que a broca e provoca menos dor. Remover
o tártaro tornou-se menos traumático. O que antes era feito com a raspagem do
dente agora pode ser realizado com ultra-som. As sondas “explodem” o tártaro. Não
dói e não machuca a gengiva. O laser é a grande novidade dos consultórios. Ele
vem sendo utilizado para diminuir a sensibilidade dentária de quem tem resseção
(retração) gengival. Pode também ser aplicado para clareamento dental, ou no
período pós-cirúrgico para acelerar a cicatrização, ou ainda para diminuir o
ciclo do herpes labial, dentre outras diversas indicações. A área estética vem
conquistando grandes avanços, principalmente nas especialidades de ortodontia e
implantodontia. O destaque maior é o emprego dos mini-implantes de titânio como
auxiliares para a ancoragem e/ou movimentação dos dentes.
Mais do que cuidar
de um sorriso perfeito, o dentista é responsável pela saúde geral de seus
pacientes. Afinal, uma infecção de dente pode se espalhar por todo o organismo,
uma maloclusão pode resultar em problemas fonéticos, e uma mastigação errada
pode gerar problemas digestivos. Além de restaurar, extrair e implantar dentes,
corrigir defeitos da dentição e projetar e colocar pontes e dentaduras, o dentista
faz cirurgias faciais que envolvem boca e maxilar. Mas nossa função não se
limita a corrigir problemas, também nos cabe orientar as pessoas a preveni-los.
Além de garantir a
reabilitação oral, o tratamento odontológico tem promovido a recuperação da auto-estima,
uma vez que o paciente poderá voltar a sorrir sem receio ou vergonha por causa
dos problemas dentários. O dentista desempenha uma função importante na
recuperação psicológica e na inclusão social do paciente. A pessoa com dentes
saudáveis e um sorriso harmônico se sente mais segura, confiante, satisfeita e
se insere na vida social com mais disposição. Trazer de volta um sorriso é a maior realização de qualquer dentista! Desejo
a você um ano repleto de alegrias! SORRIA TODOS OS DIAS!!! SEM MEDO DE SER
FELIZ...
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 5 - Nº 29 - 30/11/2007)
Gengiva:
termômetro da boca
A boca é um ecossistema
complexo, que abriga mais de 400 espécies de microorganismos. Cada região da
cavidade oral é colonizada por diferentes tipos de bactérias, que proliferam e
prejudicam a saúde quando há presença de fatores sistêmicos, como diabetes;
fatores comportamentais, como tabagismo e higiene oral deficiente; ou fatores
genéticos, como histórico familiar de doenças, entre outros. Nesses casos, além
da destruição do esmalte dos dentes, causada pela cárie, o indivíduo pode ter a
saúde geral comprometida pela ação de microorganismos que entram na corrente
sangüínea pela boca e se instalam em órgãos vitais, como coração e pulmão. Deve-se
ressaltar também a importância da saúde bucal relacionada às doenças
periodontais. Mais de 80% da população mundial apresenta algum sintoma de
doença periodontal que, se não tratada a tempo, pode causar sérios problemas,
inclusive a perda dos dentes.
Visitar o dentista
regularmente e manter dentes limpos são orientações básicas, que devem ser
seguidas desde a infância. Nessa fase da vida, os cuidados precisam começar a
se tornar um hábito diário, para inibir a ação da bactéria Streptococcus mutans. Esse microorganismo se alimenta de açúcar e
libera ácido láctico, destruindo o esmalte do dente e causando a cárie.
A higiene bucal é
fundamental para prevenir e combater as doenças tratadas pelos periodontistas,
que cuidam da gengiva, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. A maior
incidência de doenças periodontais é observada em adultos, a partir dos 30
anos. Mas o problema pode começar ainda na infância, com a cárie, e evoluir
durante anos até que o paciente descubra a doença e comece a tratá-la.
Apesar da
facilidade de identificar as alterações relacionadas a problemas periodontais,
a maioria dos portadores, muitas vezes por falta de conhecimento, não dá a
devida importância aos principais sintomas. Enquanto a dor não começa a
incomodar, o paciente não procura o especialista. Mas gengiva avermelhada e
sangramento durante a escovação ou uso de fio dental já devem ser motivo de
preocupação. Em situações como essa, o primeiro passo é procurar o clínico ou o
periodontista.
As afecções se
apresentam
A gengiva é o
termômetro da boca! Um paciente que vai se submeter a uma cirurgia
cardiovascular, por exemplo, deve estar com a gengiva saudável, para evitar infecção.
A importância das consultas odontológicas não se resume à prevenção da placa
bacteriana. O dentista pode identificar e tratar vários problemas que acometem
a boca, como câncer, e ajudar a manter a saúde bucal, necessária ao bom
funcionamento de todo o organismo.
Nunca é demais
reforçar! Uma boa higiene bucal deve incluir a técnica correta, escova de
cerdas macias e fio ou fita dental. A manutenção também é imprescindível! Os
cuidados e o intervalo das consultas ao dentista variam de acordo com as
individualidades de cada paciente.
(Artigo
publicado no Jornal de Guidoval - Ano 6 - Nº 31 - Maio/2008)
Etapas para ter
dentes e gengivas saudáveis
1.
ADOTE UMA ALIMENTAÇÃO
CORRETA:
A “placa”, também chamada de biofilme dental, reage com o açúcar
para formar um ácido que ataca o esmalte dos dentes e produz cáries. Assim, a
primeira coisa a fazer é evitar ou reduzir o uso de balas, alimentos açucarados
e refrigerantes.
2.
LIMPE OS SEUS DENTES PELO
MENOS TRÊS VEZES AO DIA:
O inimigo comum dos dentes e
gengivas é a “placa”. A placa é uma película constituída de bactérias e que,
com o tempo, poderá agredir as gengivas e acabar causando a perda dos dentes.
Para ter certeza de que a placa não tenha tempo de se acumular ou produzir
ácido, limpe seus dentes pelo menos três vezes ao dia. Os momentos mais
indicados são após o café da manhã, após o almoço e antes de dormir. Deve-se
priorizar a qualidade das escovações, e não a quantidade!
3.
ESCOVE COM A ANGULAÇÃO
CORRETA:
Posicione a escova num ângulo de 45º, dirigindo as cerdas para a
junção dos dentes com as gengivas. É importante massagear as gengivas enquanto
você está escovando os dentes. Isto, além de fortalecê-las, remove quaisquer
partículas de alimento.
4.
USE SEMPRE O PROCEDIMENTO DE
ESCOVAÇÃO ADEQUADO:
Comprima e vibre as cerdas
suavemente contra as gengivas e faça um movimento de rotação em direção ao
dente. Fique com a escova cerca de dez segundos em cada dente antes de passar
ao seguinte.
É importante
destacar que não existe uma técnica de escovação ideal. A melhor forma de
escovar os dentes é aquela que você é capaz de realizar corretamente!
5.
COMO ESCOVAR AS SUPERFÍCIES
EXTERNAS:
Usando o procedimento de
escovação adequado (o que você melhor se adaptou), limpe todas as superfícies
externas dos dentes superiores e inferiores. Pode-se utilizar o ângulo de 45º e
o movimento de rotação.
6.
COMO ESCOVAR AS SUPERFÍCIES
INTERNAS:
Limpe os dentes de trás do mesmo modo descrito acima. Para os
dentes da frente, incline a escova para a posição vertical (da maneira mostrada
na figura) e limpe os dentes usando o procedimento de rotação. Repita a
operação para a parte interna dos dentes da frente.
7.
COMO ESCOVAR AS SUPERFÍCIES
DE MASTIGAÇÃO:
Use os movimentos de “vai-e-vem”: para frente e para trás, com
força moderada, para limpar os dentes superiores e inferiores.
8.
USE O FIO DENTAL
CORRETAMENTE:
A escovação normal limpa
somente três das cinco superfícies dos seus dentes. Isto significa que as duas
superfícies restantes (entre os dentes) precisam de atenção especial. Para realizar eficazmente a limpeza nestas
áreas você tem que usar o fio ou a fita dental!
9.
USE A ESCOVA CORRETA:
Nós, dentistas, recomendamos uma escova com cerdas macias, da mesma
altura, com as pontas polidas e arredondadas, para estimular suas gengivas e
ativar a circulação durante a escovação com toda segurança. Além disso, a
cabeça deve ser proporcional ao tamanho da boca e o cabo flexível para alcançar
todos os dentes.
10.
USE O CREME DENTAL CORRETO:
O flúor se combina com o
esmalte do dente para fortalecer sua superfície e ajudar a evitar cáries. Use
sempre creme dental com flúor! Atenção:
essa recomendação é válida somente para adultos! Crianças devem usar um creme
dental apropriado (com menor quantidade de flúor), pois os dentes ainda estão
em fase de formação.
Clareamento
Dental
Como funciona o clareamento dental?
O clareamento dental é obtido por meio de um gel que libera
oxigênio. Este, por sua vez, penetra no interior do esmalte e dentina,
quebrando as moléculas dos pigmentos causadores do escurecimento dental,
desfazendo, assim, as manchas. A eficiência do resultado e a manutenção do
branqueamento dependem das condições individuais e de seguir corretamente as
recomendações.
Como posso clarear meus dentes?
Existem algumas maneiras de se clarear os dentes com o gel
clareador: por meio do laser ou led e o clareamento caseiro.
No consultório, o dentista isola os dentes para proteger a gengiva
e aplica o gel clareador, de uso profissional exclusivo, ativado por uma luz,
que pode ser o laser ou o led.
Em casa, o paciente, sob orientação do dentista, aplica o gel em
uma moldeira de silicone, feita a partir dos seus dentes.
Posso fazer sozinho ou preciso ir ao dentista?
Nenhum tratamento clareador pode ser utilizado sem orientação
profissional. Sempre deve haver monitoramento do dentista. Esclareceremos a
técnica de clareamento mais indicada para o seu caso.
Quanto tempo dura o tratamento?
Depende do caso de cada paciente, do grau de escurecimento e do quanto
deseja clarear. Nós iremos lhe orientar e dar uma previsão do tempo de seu
tratamento.
Os produtos usados no tratamento são seguros à saúde geral?
Sim. Os produtos devem ser industrializados, pois as empresas que
fabricam o gel clareador estão respaldadas por pesquisas, testes, experiências,
atendimento profissional e domínio da composição.
Meus dentes podem ser clareados?
Qualquer pessoa pode ter seus dentes clareados, desde que suas
gengivas estejam saudáveis e os dentes estejam íntegros e sem muitas
restaurações. Realizaremos uma boa avaliação de sua condição dental e gengival.
Após quanto tempo posso repetir o tratamento?
O clareamento dura algum tempo, e cada caso tem sua
particularidade, podendo haver necessidade de manutenção em um ou dois anos
após o tratamento.
Quais as contra-indicações do tratamento?
Por precaução, deve-se evitar o tratamento em gestantes, lactantes,
pacientes que apresentam reação alérgica comprovada ao produto e com patologias
periodontais.
Existem efeitos colaterais?
Existem alguns possíveis efeitos colaterais, como
hipersensibilidade dental, irritação gengival marginal, irritação gástrica,
gosto desagradável e alteração do paladar. A hipersensibilidade dental, quando
presente, ocorre apenas quando os dentes são expostos a temperaturas extremas
(choques térmicos), nos primeiros dias de tratamento e nas primeiras horas após
a remoção da placa. Havendo sensibilidade durante o tratamento clareador, o
paciente deverá consultar o seu dentista.
O clareamento altera as restaurações já existentes?
Não. Talvez seja necessário trocar as restaurações existentes, pois
as restaurações não sofrem ação dos clareadores e parecerão mais escuras frente
aos dentes clareados, causando desarmonia estética.
Cuidados que devem ser tomados ANTES do clareamento:
É preciso fazer um preparo prévio, como profilaxias, para a limpeza
dos dentes e para a saúde gengival, e a restauração de qualquer cárie ou de
algum dente que não esteja satisfatório.
Cuidados que devem ser tomados DURANTE o clareamento:
É necessário evitar a ingestão de alimentos que possuam elevada
quantidade de corantes em sua composição, como molhos, café, refrigerantes,
chás escuros, vinhos tintos e alimentos ácidos como frutas cítricas, para que
não prejudiquem a ação do agente clareador e não causem sensibilidade dentária.
Não pode usar evidenciador de placa. NÃO pode fumar!
Cuidados que devem ser tomados APÓS o clareamento:
É importante realizar visitas periódicas ao seu dentista para
manter os dentes resistentes por meio da aplicação de flúor e outros agentes
dessensibilizantes.